«Um aluno a quem nunca é pedido algo que ele não é capaz de fazer, nunca fará aquilo que é capaz.» (1)
Uma equipa da Direcção-Geral da da Inovação e Desenvolvimento Curricular foi até à Finlândia, país de paixões recentes para os actuais governantes em Portugal, para descobrir, qual lâmpada de Aladino, as razões do superior desempenho na Língua, Cálculo e Ciências, nos alunos do País dos fiordes.
Nesta missão patriótica de ir aos fundamentos do sucesso finlandês constatado nos testes da OCDE e do PISA, terá a citada equipa compreendido as causas do seu sucesso? Vejamos, em primeiro lugar as suas características.
1º - Existe um ambiente de serenidade, de tranquilidade nos espaços educativos, onde a estética da sala se organiza num ambiente calmo e até caseiro (cortinas, flores, quadros);
2º - A rede rede real de apoios aos alunos, que permitem turmas diferentes terem dimensão diversa e número de professores e técnicos diferenciados revela uma preocupação por aprender;
3º - A flexibilidade do currículo, com o apoio a recursos internos e externos à escola e a integração em disciplinas em qualquer altura do ano reforça a ideia, de uma estratégia para avaliar os procedimentos e os seus resultados.
4º - Nota-se uma aproximação aos pais para em caso de dificuldade se recuperarem alunos durante as férias, havendo uma preocupação para com a avaliação individual dos alunos.
5º - Desenvolvimento da aprendizagem através de uma organização das salas de aula caracterizada pela responsabilização de todos, professores e alunos.
Afinal, o que temos? Consegue a citada equipa após o que viu e retratou compreender o «segredo» que procurava? Não. Não passando os alunos mais tempo na escola, não realizando mais trabalhos de casa, onde está o busílis da questão? E por que não o compreenderam os especialistas de educação escolhidos para esta missão?
A simplicidade mais um vez e neste caso a sua ausência. Encontrou a citada equipa o reconhecimento das aprendizagens , numa dimensão social? Verificou a referida equipa nas escolas finlandesas, um sentido do aprender, como fundamento de valores civilizacionais e de suporte dos valores humanos? Assinalou esta visita nas citadas escolas, as mais recentes modas educativas, como fundamento da sua organização?
As respostas dadas a estas questões, mostram-nos que o Ministério da Educação, representado nesta equipa da Direcção-Geral da Inovação e do Desenvolvimento Curricular, não soube ou não pôde reconhecer o essencial. A escola do século XXI é uma escola de dúvidas, de inquietação crítica pela diversidade, não das certezas formatadas pelas linhas de montagem de modas ideológicas.
Para despertar deste presente eterno, não se pode erigir um sistema educativo com base na desconfiança, mas sim numa confiança crítica. É preciso transformar racionalmente, numa abordagem ética da sociedade. Não no comodismo de privilégios, vendidos como direitos universais, criadores não só da ignorância, como do afastamento social. É porque as oportunidades são tão diferenciadas no meio familiar, que é necessário essa disposição confiante, que só pode ser feita com rigor e exigência pelo conhecimento.
Nesta missão patriótica de ir aos fundamentos do sucesso finlandês constatado nos testes da OCDE e do PISA, terá a citada equipa compreendido as causas do seu sucesso? Vejamos, em primeiro lugar as suas características.
1º - Existe um ambiente de serenidade, de tranquilidade nos espaços educativos, onde a estética da sala se organiza num ambiente calmo e até caseiro (cortinas, flores, quadros);
2º - A rede rede real de apoios aos alunos, que permitem turmas diferentes terem dimensão diversa e número de professores e técnicos diferenciados revela uma preocupação por aprender;
3º - A flexibilidade do currículo, com o apoio a recursos internos e externos à escola e a integração em disciplinas em qualquer altura do ano reforça a ideia, de uma estratégia para avaliar os procedimentos e os seus resultados.
4º - Nota-se uma aproximação aos pais para em caso de dificuldade se recuperarem alunos durante as férias, havendo uma preocupação para com a avaliação individual dos alunos.
5º - Desenvolvimento da aprendizagem através de uma organização das salas de aula caracterizada pela responsabilização de todos, professores e alunos.
Afinal, o que temos? Consegue a citada equipa após o que viu e retratou compreender o «segredo» que procurava? Não. Não passando os alunos mais tempo na escola, não realizando mais trabalhos de casa, onde está o busílis da questão? E por que não o compreenderam os especialistas de educação escolhidos para esta missão?
A simplicidade mais um vez e neste caso a sua ausência. Encontrou a citada equipa o reconhecimento das aprendizagens , numa dimensão social? Verificou a referida equipa nas escolas finlandesas, um sentido do aprender, como fundamento de valores civilizacionais e de suporte dos valores humanos? Assinalou esta visita nas citadas escolas, as mais recentes modas educativas, como fundamento da sua organização?
As respostas dadas a estas questões, mostram-nos que o Ministério da Educação, representado nesta equipa da Direcção-Geral da Inovação e do Desenvolvimento Curricular, não soube ou não pôde reconhecer o essencial. A escola do século XXI é uma escola de dúvidas, de inquietação crítica pela diversidade, não das certezas formatadas pelas linhas de montagem de modas ideológicas.
Para despertar deste presente eterno, não se pode erigir um sistema educativo com base na desconfiança, mas sim numa confiança crítica. É preciso transformar racionalmente, numa abordagem ética da sociedade. Não no comodismo de privilégios, vendidos como direitos universais, criadores não só da ignorância, como do afastamento social. É porque as oportunidades são tão diferenciadas no meio familiar, que é necessário essa disposição confiante, que só pode ser feita com rigor e exigência pelo conhecimento.
(1) - J. S. Mill, citado de Maria Fiolmena Mónica,
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