segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

25 Anos de Partilha


No passado dia 5 de Dezembro a AMI – Assistência Médica Internacional – comemorou o seu vigésimo quinto aniversário. Vinte e cinco anos a ajudar quem tanto precisa.

A AMI é uma Organização Não Governamental (ONG) portuguesa, independente de qualquer ideologia política, sem fins lucrativos. Foi criada no dia 5 de Dezembro de 1984, pelo médico Fernando Nobre, com o intuito de auxiliar as populações em situações de emergência, combatendo o subdesenvolvimento, a fome, a pobreza extrema, a exclusão social e ajudando aqueles que sofrem as consequências de guerras, em qualquer ponto do planeta.
Actualmente, a sua actuação já se estende por dezenas de países, para onde enviou centenas de voluntários, que no terreno gerem o melhor possível as situações, e dezenas de toneladas de medicamentos, equipamentos médicos, alimentos, roupas e outros bens básicos às populações.

E, sabia que existem imensas formas de ajudar a AMI? Passamos, pois, a enumerar algumas delas:

- através dos Impostos: escreva 502 744 910 no quadro 9 do anexo H da sua declaração e doe à AMI 0,5% do seu imposto, sem descontar mais por isso. Pode visionar o vídeo da campanha em http://www.ami.org.pt/default.asp?id=p1p8p36&l=1;
- colaborando com o seu donativo para o NIB 00070015 0027781000979, ou, no multibanco, acendo a “pagamentos de serviços”, digitando a entidade 2009, a referência 909 909 909 e a importância que desejar ofertar;

- efectuando voluntariado, que poderá ser por um período alargado ou mais curto, podendo até ocupar o seu período de férias de forma diferente: contactando com realidades distintas, em países como o Senegal, Guiné-Bissau ou Brasil, em estadias de nove dias, em grupos de doze voluntários monitorizados por dois elementos da AMI. Uma aventura bem diferente onde será possível viver em condições rudimentares, ajudar quem necessita, valorizar aspectos das nossas vivências tantas vezes esquecidos; afinal, relembrando as sábias palavras de Jonh Ruskin, “a maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele mas no que ele nos transforma”. Junte-se aos três mil voluntários, faça parte desta equipa;

E pronto, existem muitas formas de mostrar a sua bondade. Se pretender obter mais informações consulte a página electrónica da AMI.

Nesta época, em que o espírito natalício se aproxima, partilhe com a AMI: qualquer pequena ajuda tornar-se-á muito para quem depende da generosidade alheia. Contribuir para esta causa é garantir que alguém, algures no planeta, terá oportunidades diferentes. Afinal, custa tão pouco…
Imagem in

O Príncipe Feliz



Na praça central da cidade estava uma estátua de um príncipe feliz.

Um dia, poisou aos pés daquela estátua uma andorinha que ia para o Egipto e que já estava muito atrasada porque tinha convidado um junco a acompanhá-la na viagem. Mas o junco não se podia separar da terra, pois era esta que lhe dava a vida e, apesar do amor que ele sentia pela andorinha, não poderia acompanhá-la.

A andorinha olhou novamente para a estátua e notou que lhe caíam duas gotas pela cara abaixo: eram duas grossas lágrimas.

A ave perguntou ao príncipe por que razão chorava. Este respondeu que chorava pelos pobres da cidade que eram muitos. Ele também contou à andorinha que quando reinava ninguém lhe contava o que se passava e que os altos muros do seu palácio não o deixavam ver nada. Mas, agora, desde que ali estava, já conseguia ver a pobreza e a miséria de muitas pessoas.

Entretanto, o príncipe perguntou à andorinha se ela o queria ajudar. Inicialmente a ave recusou mas perante a insistência do pedido ela acabou por ceder e resolveu ajudá-lo.

Então, o príncipe pediu à andorinha que arrancasse o rubi da sua espada e o levasse ao casebre que ficava ali em frente, onde viviam uns meninos pobres cujos pais não podiam pagar a renda da casa e, por isso, iriam ser postos na rua.

A andorinha assim fez. As crianças que viviam no casebre ficaram muito contentes porque poderiam vender a pedra preciosa e arranjar dinheiro para pagar a referida renda.

Mas estava na hora de partir para o Egipto e a andorinha despediu-se do príncipe. Este voltou a pedir-lhe que não partisse pois continuava a haver muita gente na cidade que precisava de ajuda. Era necessário ir levar uma safira a um escritor que estava muito doente e não tinha dinheiro para pagar os remédios. A andorinha olhou para o príncipe e lembrou-o que a safira era um dos seus olhos – estaria ele interessado em ficar vesgo? No entanto, ele não hesitou e pediu-lhe que levasse a pedra ao escritor. E, assim foi, a andorinha voou e lá foi entregar a jóia ao pobre escritor.

Mas naquela cidade existiam muitas outras pessoas pobres a precisarem de ajuda. A andorinha precisava de partir porque as suas irmãs esperavam por si no Egipto. No entanto, o príncipe ainda precisava de ajuda: era necessário que a andorinha lhe tirasse a outra safira para que ele pudesse continuar a praticar o Bem.

Enquanto o Inverno chegava de mansinho, a andorinha ia ajudando todos os pobres da cidade.
Agora, já nada de valor havia na estátua do príncipe.

Agora, a andorinha não tinha coragem de o abandonar.

Então, o pássaro deitou-se aos pés do seu amigo príncipe e ali ficou…
Mas o frio começava a ser cada vez mais intenso e numa noite gelada a andorinha morreu, tendo deixado o Príncipe Feliz profundamente triste.

A estátua perdera a beleza porque já não tinha pedras preciosas a decorá-la. Então, alguém a levou para uma fundição. Mas, após ter sido sujeita a altas temperaturas, verificou-se que o coração de chumbo do Príncipe Feliz se mantinha intacto. Decidiram levá-lo a um outro ferreiro que também não o conseguiu fundir. Perante isto, o ferreiro decidiu atirá-lo para o lixo.

Curiosamente, o caixote de lixo onde foi deixado o coração da estátua era o mesmo onde se encontrava o corpo da andorinha. Quisera o destino que ficassem juntos.

Entretanto, passou um anjo que recolheu o corpo da andorinha e o coração do Príncipe Feliz. O céu nunca mais foi o mesmo, a andorinha e o Príncipe Feliz viveram eternamente no Jardim do Paraíso ao som das mais belas melodias.
Maria Santos, 5ºC

Imagem in http://maniadeler-cintia.blogspot.com/2009/05/o-principe-feliz-uma-linda-historia.html