quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Cultura entre os Portugueses...



Belgais foi uma ideia luminosa de uma grande figura da cultura portuguesa. Maria João Pires, uma das maiores pianistas vivas em Mozart ou Chopin, imaginou um dia que era possível num canto deste País cultivar um centro de estudo de artes. Pensou que seria não só lindo, mas uma coisa muita boa oferecer educação de canto a crianças de uma escola primária e ofertar nesse local concertos de música, trazendo cá artistas importantes.

A ideia era grandiosa num País habituado genericamente a hábitos culturais onde a grande maioria da pessoas não têm direito a serem consumidores de cultura, apenas podem sobreviver. Os privados só investem em espectáculos de lucro garantido. O Estado apoia o que lha parece ser mais conveniente para a sua imagem, em especial, nos grandes centros. As escolhas feitas revelam um descuido para com a formação humana das pessoas.

Com o fecho da Escola da Mata e do Coro Infantil, ao projecto faltou os elementos que a pianista considerava como fundamentais. Maria João Pires decidiu abandonar o processo, lamentando-se da falta dos apoios e parcerias que se supunham garantidos. Emigrou para o Brasil onde em campos socias degradados ensina pela música uma forma gratificante de cidadania.

Não podemos esperar muito de um Estado servido por partidos cuja grande ambição é revelaram-se em oposição ums aos outros como os verdadeiros representantes, da Liberdade e do Progresso da Nação. Já custa um pouco olhar para os comentários que na blogosfera se encontram sobre este acontecimento.

Nos comentários online ouvem-se comentários reveladores da natureza medíocre e culturalmente ignorante que constitui o formato de tantas vozes deste País. Insulta-se uma pessoa com uma capacidade técnica brilhante, a troco de ideias aparentes e nada fundamentadas sobre as suas capacidades de gestão. É grotesco como alguns seres que ainda não provaram nada sabem acusar em libélos de intenções pessoas que pela sua arte nos dão um valor inestimável.

Eça dizia que Portugal era um País maravilhoso. Tinha apenas uma dificuldade, os Portugueses. Esta falta de visão pelo fututo criou uma miséria cultural em que nada parece grandioso, onde os princípios são irrelevantes. Vivemos sob uma sociedade tutelada por um Estado feito para se aproveitar do cidadão que não lhe concede a formação e instrução que o torne mais que uma criança mimada e infantilizada pelas sua subjectividade crónica.

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