O Sorriso
«Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso
de o outro nome da Terra.»
Eugénio de Andrade, «O Sorriso», Antologia Poética
(Imagem, À Descoberta das Camélias
na Avenida da Boavista, Cidade do Porto)
(Imagem, À Descoberta das Camélias
na Avenida da Boavista, Cidade do Porto)
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