A Leitura é hoje, como o foi neste País em sucessivas gerações tardiamente iniciada e mal tratada. O horizonte traz-nos condensado em bytes tudo o que precisamos. Qual o sentido da leitura neste universo tecnológico, onde os critérios não se compreendem. Uma resposta, brilhante, como a sua figura. António Barreto, na Revista Ler, neste mesmo mês.(Livraria Lello, na cidade do Porto, de um tempo e para um tempo, onde a leitura abria horizontes de descoberta permanente)
«Da maneira como o governo aposta na informática, sem qualquer espécie de visão crítica das coisas, se gastasse um quinto do que gasta, em tempo e em recursos, com a leitura, talvez houvesse em Portugal um bocadinho mais de progresso. O Magalhães, nesse sentido, é o maior assassino da leitura em Portugal. Chegou-se ao ponto de criticar aquilo a que chamaram «cultura livresca». O que é terrível. É a condenação do livro. Quando o livro é a melhor maneira de transmitir cultura. Ainda é a melhor maneira. A coroa de todo este novo aparelho ideológico que está a governar a escola portuguesa, e noutras partes do mundo, é o Magalhães. Ele foi transformado numa espécie de bezerro de ouro da nova ciência e de uma nova cultura, que em certo sentido, é a destruição da leitura.»
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