«Com o teclado, escreve o número de pontos que vês nos dados que caêm» (1)
«(...) cumprir a sua missão de processos de socialização e de aprendizagem para os alunos, razão central porque definiu as actividades de Carnaval nos documentos (...)» (2)
Perguntais decerto, quem assim nos delicia os dias com uma sintaxe tão rica e objectiva no pensamento? Pensámos ainda oferecer uma lembrança literária a quem nos fizesse chegar a descoberta deste pedaço literário único. Sejamos justos. As vossas hipóteses são diminutas, até para quem ainda acredita no género humano.
Sendo pedaços de discursos textuais relativos à educação deste País, eles só podem por isso mesmo garantir não só a justa correcção e aplicação educativa das ferramentas em questão, como a procura de um sentido para as iniciativas criadas. Sim.
Neste caso, discutir estes signos será ridículo? Podemos considerar o erro ortográfico e de sintaxe como algo que limita o acto, a aprendizagem de um contexto, ou isso é irrelevante? Afinal um computador, um livro, uma enciclopédia vale pelo que nos traz ou somente nos basta tê-los?
Afinal a utilidade de um acto educativo vale por si só, ou pelo que com ele se constrói? Fundamenta-se em estratégias de aprendizagem com objectivos científicos rigorosos ou também não?
E, sejamos frontais, não são estes erros mais um sinal, «once again» de um aposta no acaso, onde aquilo que fundamenta as acções educativas e culturais continuam a navegar no vazio. Um vazio de futuro.
Eis mais um exemplo da nossa não inscrição, de como os actos construídos no erro não terão consequências. Foi decerto uma anomalia passageira sem efeitos reais. Porque haveria de ter, se o projecto que alimenta «O Magalhães» não se suporta em qualquer ideia de futuro, nem em nenhuma ideia de estratégia educativa. Existe. Que objectivos tem? Não o sabemos.
Esta ausência de princípios humanistas, consolida-se numa ideia técnica da sociedade, onde a escola parece apenas funcionar para a formação de «cidadãos unidimensionais, submetidos exclusivamente à omnipotência do dinheiro e ao prestígio narcisista do poder», nas palavras de Miguel Real.
(1) Jornal Expresso, sobre sofrware inserido no computador «Magalhães» edição online de sete de Março de 2009
(2) DREN (excerto de um comunicado a uma Escola)Sendo pedaços de discursos textuais relativos à educação deste País, eles só podem por isso mesmo garantir não só a justa correcção e aplicação educativa das ferramentas em questão, como a procura de um sentido para as iniciativas criadas. Sim.
Neste caso, discutir estes signos será ridículo? Podemos considerar o erro ortográfico e de sintaxe como algo que limita o acto, a aprendizagem de um contexto, ou isso é irrelevante? Afinal um computador, um livro, uma enciclopédia vale pelo que nos traz ou somente nos basta tê-los?
Afinal a utilidade de um acto educativo vale por si só, ou pelo que com ele se constrói? Fundamenta-se em estratégias de aprendizagem com objectivos científicos rigorosos ou também não?
E, sejamos frontais, não são estes erros mais um sinal, «once again» de um aposta no acaso, onde aquilo que fundamenta as acções educativas e culturais continuam a navegar no vazio. Um vazio de futuro.
Eis mais um exemplo da nossa não inscrição, de como os actos construídos no erro não terão consequências. Foi decerto uma anomalia passageira sem efeitos reais. Porque haveria de ter, se o projecto que alimenta «O Magalhães» não se suporta em qualquer ideia de futuro, nem em nenhuma ideia de estratégia educativa. Existe. Que objectivos tem? Não o sabemos.
Esta ausência de princípios humanistas, consolida-se numa ideia técnica da sociedade, onde a escola parece apenas funcionar para a formação de «cidadãos unidimensionais, submetidos exclusivamente à omnipotência do dinheiro e ao prestígio narcisista do poder», nas palavras de Miguel Real.
(1) Jornal Expresso, sobre sofrware inserido no computador «Magalhães» edição online de sete de Março de 2009
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