«A VERDADEIRA LIBERDADE NÃO VIRÁ DA TOMADA DO PODER POR ALGUNS, MAS DO PODER QUE UM DIA TODOS TERÃO DE SE OPOR AOS ABUSOS DA AUTORIDADE» (1)
A sociedade democrática criada pelo mundo contemporâneo, pelos direitos naturais do homem, consagrados na revolução americana representou a construção de uma sociedade aberta. Este tipo de sociedade só pode existir com a mínima dignidade e segurança respeitando os seus fundamentos.
A razão nos princípios de decisão, a Lei como garantia de consolidação individual dos direitos e a separação dos poderes. Tudo isto pressupõe um acesso livre, seguro, garantido à informação. Portugal após três décadas de um limitado estado social vê esses mecanismos alterados nos seus fundamentos.
O episódio da antena 1 revela como quem serve o poder, o doutrina e organiza julga que os cidadãos são imbecis, não compreendem nas entrelinhas o que se procura dizer. O trabalhinho, essa deve ser a única preocupação. Aos povos não se pede, nem se reclama que pensem, para isso existem as elites. E elas são sempre generosas. Elas existem para nos pouparem a esse extremo dilema que é o de raciocinar sobre o real. Os episódios são inúmeros nesta cruzada de limitar a capacidade de informação. As limitações ao poder judicial e a criação de autómatos apenas vocacionados para produzir, não para meditar são esclarecedores. A que ideias culturais de desenvolvimento humano se têm assistido? Há um entorpecimento geral do País.
Gostamos de nos afirmar democráticos, mas somo-lo apenas na aparência. Não é a Democracia o estabelecimento de um contrato eleitoral entre os representantes e os representados? Como se pode então assistir a um desvio tão profundo na prática democrática? Vivemos de facto um tempo de modernidade e ainda assim ansiamos numa longa fila de figuras cinzentas à espera que Portugal seja como Almada dizia «algo de decente?» Podemos aspirar a um governo justo que insiste em fazer da governação aos seus cidadãos, «uma mera execução técnica sem a garantia de deveres cívicos», como o explica Miguel Real. Que valores de comunhão com a sociedade foram criados ou pensados nos últimos anos?
Mais uma vez Mário Crespo soube diagnosticar com a sua impressiva opinião como em tempos novos se praticam velhos métodos. A conferir, no link abaixo:
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
A razão nos princípios de decisão, a Lei como garantia de consolidação individual dos direitos e a separação dos poderes. Tudo isto pressupõe um acesso livre, seguro, garantido à informação. Portugal após três décadas de um limitado estado social vê esses mecanismos alterados nos seus fundamentos.
O episódio da antena 1 revela como quem serve o poder, o doutrina e organiza julga que os cidadãos são imbecis, não compreendem nas entrelinhas o que se procura dizer. O trabalhinho, essa deve ser a única preocupação. Aos povos não se pede, nem se reclama que pensem, para isso existem as elites. E elas são sempre generosas. Elas existem para nos pouparem a esse extremo dilema que é o de raciocinar sobre o real. Os episódios são inúmeros nesta cruzada de limitar a capacidade de informação. As limitações ao poder judicial e a criação de autómatos apenas vocacionados para produzir, não para meditar são esclarecedores. A que ideias culturais de desenvolvimento humano se têm assistido? Há um entorpecimento geral do País.
Gostamos de nos afirmar democráticos, mas somo-lo apenas na aparência. Não é a Democracia o estabelecimento de um contrato eleitoral entre os representantes e os representados? Como se pode então assistir a um desvio tão profundo na prática democrática? Vivemos de facto um tempo de modernidade e ainda assim ansiamos numa longa fila de figuras cinzentas à espera que Portugal seja como Almada dizia «algo de decente?» Podemos aspirar a um governo justo que insiste em fazer da governação aos seus cidadãos, «uma mera execução técnica sem a garantia de deveres cívicos», como o explica Miguel Real. Que valores de comunhão com a sociedade foram criados ou pensados nos últimos anos?
Mais uma vez Mário Crespo soube diagnosticar com a sua impressiva opinião como em tempos novos se praticam velhos métodos. A conferir, no link abaixo:
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
(1) Ernesto Sabato, Resistir, Dom Quixote
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