sábado, 14 de março de 2009

Albert Einstein - Biografia I


«Não quero ser um génio (...) já tenho problemas suficientes ao tentar ser um homem» (1)

É de um génio, consistente e imenso, um grande pensador, um Homem, que aqui lembramos nos cento e trinta anos do seu nascimento.
Albert Einstein nasceu em Ulm, na Alemanha , filho de uma família judia de classe média. Interessou-se pela ciência, desde muito cedo, e foi em Munique, na fábrica do pai que entrou em contacto com as máquinas eléctricas. A descoberta pelos livros onde se divulgavam as ideias científicas da época, e a relativa prática da confissão judaica abriram-lhe as portas para a descoberta e fascínio pela descoberta de um modo racional de observar o mundo. Era determinado no estudo, mas apenas naquilo que o entusiasmava.
Em 1815 vai viver para Itália, sendo no ano seguinte admitido no Instituto Politécnico de Zurique. Dedica-se à experimentação de ideias no laboratório, ao estudo dos livros, faltando às aulas que considerava pouco actualizadas, o que lhe criará dificuldades futuras com o mundo académico. Em 1901 adquire a nacionalidade suiça, de que nunca abdicará. Casou com Meleva Maric, uma excelente aluna de física, mas o relacionamneto dos dois não foi o mais feliz. A partir de 1905 influenciará o mundo da física, isto é do conhecimento do próprio universo. Todas as suas propostas se baseram no uso de generalizações feitas com base na evidência experimental, modelo que abandonará na fase final pelo recurso a um maior uso da formulação matemática.
Entre 1911 e 1921 terá uma bem sucedida carreira académica, sendo professor nas universidades de Paraga e Berlim e na Academia Prussiana de Ciências. Recebe o prémio Nobel da Física em 1921.
Albert Einstein formulou ideias sobre a energia e a matéria, sobre a teoria da luz e naturalmente o que ficou mais conhecido, a relatividade dos objectos no espaço-tempo, no fundo, uma nova teoria sobre a gravitação, que era uma evolução reformulada das ideias de Newton. Einstein tornar-se-ia um cientista famoso, célebre, usando o seu reconhecimento público para promover a defesa daquilo que para ele era muito importante, a paz e o desarmamento dos países.
A sociedade alemã doas anos vinte vivia o drama da derrota na 1ª Guerra Mundial e desconfiava da generosidade, isto é, dos que só queriam apoiar, sem dramatismos o País e um povo que vivia em graves dificuldades. Como ele próprio constatou, a divisão do átomo é bem mais fácil de obter que a eliminação da estupidez humana. A partir de 1933, tudo seria pior. Com o Nazismo em ascensão, o ritual da loucura saiu à luz dos dias com os seus fundamentalistas de ocasião. As perseguições, a destruição de bibliotecas, as fogueiras de livros procuravam eliminar as ideias.
Sairia da Alemanha para os Estados Unidos, onde em 1940 se tornaria cidadão americano e também do mundo que ajudou a compreender no seu aspecto mais fascinante.
Na última fase da sua vida, continuou a procurar relacionar as suas teorias da relatividade e do conceito espaço-tempo com o electromagnetismo. Embora associado à criação da bomba atómica pelos Americanos, isso é só um sinal da sua importância como pessoa e como cientista. Nos seus estudos nunca procurou relacionar o electromagnetismo com a fusão nuclear. Naturalmente que os seus estudos sobre a energia e a matéria ajudaram na construção desse momento fatal para a consciência humana. A sua carta de 1939 a Roosevelt foi só, mais um sinal, de uma dignidade preocupado com o Homem e pelo misterioso e deslumbrante universo que todos podemos sentir e contemplar.

(1) Albert Einstein, in «O Citador»

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