terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A Minha Vida Recolectora - Beatriz Faustino (5ºB)


- Olá! Eu sou o Ismael, tenho doze anos, e vou contar-vos um pouco da história da minha vida.
Eu pertenço a uma comunidade recolectora, sou filho único e o meu passatempo preferido é pintar as caçadas que faço com o meu pai nas paredes da grutas.
Lembro-me que uma vez que estava a pintar quando vi uma espécie de estrela cadente que despertou a minha curiosodade. Larguei as pinturas e fui atrás dela, dando a desculpa de que ia recolher alimentos.
A minha mãe, admirada de eu largar as tintas por ter fome, perguntou-me:
- Tens a certeza que não preferes esperar que o teu pai regresse da caça?
- Não mãe! Obrigado, mas estou mesmo esfomeado - dizia eu, atrapalhado.
Mais tarde, já a caminho, fiquei mesmo com fome e resolvi subir a uma árvore, para ver o que havia. Haviam avelãs. Eu nem hesitei, e comi até não poder mais.
Já cansado, e de barriga cheia eu resolvi parar um pouco para descansar. É claro que adormeci e, sem reparar no tempo, deixei-me ficar.
Fez-se noite e eu continuava a dormir, até que de madrugada acordei com muito frio, as minhas roupas já não me aqueciam, por isso lembrei-me que o meu pai uma vez me tinha ensinado a fazer fogo, e foi logo o que fiz.
Eu usei o fogo não só para me aquecer, mas também para me proteger dos perigos, como os animais ferozes. Como já era noite fiquei por ali, e no outro dia de manhã, ainda com esperança de encontrar a estrela continuei caminho.
Finalmente, depois de tanto tempo, cheguei e descobri que afinal o que eu tinha visto não era uma estrela, mas sim um mini-meteorito.
Voltei para casa (com o meteorito) e encontrei os meus pais numa pilha de nervos.
Explicaram-me que estavam preocupados por não me verem há tanto tempo (visto que eu costumava passar o dia enfiado na gruta onde estávamos) e também porque o ambiente natural onde estávamos já tinha poucas coisas para recolher e que por isso tinhamos de mudar de «casa».
Mostrei-lhes o meu meteorito e eles ficaram contentes pela descoberta que fiz.
Tinha chegado a hora de partir para outra gruta, como costumo fazer sempre que a caça ou os frutos diminuem no sítio onde estou, e em conjunto com os nossos familiares partimos à procura de um novo ambiente natural com tudo o que precisavamos.
Ainda hoje guardo o meteorito.

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