domingo, 30 de novembro de 2008

Fernado Pessoa - 30 de Novembro de 1935 -




«E o meu coração é um pouco maior que o universo inteiro»

Álvaro Campos, 4/07/1934

Nos cento e vinte anos do nascimento de Fernando Pessoa procuramos nestas linhas lembrar, em mais um aniversário do seu desaparecimento físico, aquele que é, pois os poetas nunca morrem, um dos maiores génios da cultura portuguesa de sempre.
A dimensão universal de Pessoa é tão vasta que, por agora, apenas daremos alguns dos traços que marcaram a sua vida, deixando a sua fascinante obra e personalidade para um pouco depois.
Apresentação Biográfica - Fernando Pessoa nasceu no dia treze de Junho de 1888, em Lisboa, sendo filho de uma mãe originária dos Açores e de um pai lisboeta. Perde o pai em 1893, passando a viver com um padrasto que era cônsul de Portugal em Durban, na África do Sul. Fernando Pessoa vive na África do Sul entre 1896 e 1905, onde realizou a instrução primária, o ensino liceal e a frequência do Ensino Superior. Frequenta a partir de 1906 o Curso Superior de Letras na Universidade de Lisboa que abandonou em 1907.
Começa a escrever a partir de 1910 e em 1913 constitui-se o primeiro modernismo em Portugal que junta Pessoa, Almada Negreiros e Mário de Sá-Carneiro. Será este grupo que formará o Orpheu, revista literária modernista de grande importância no campo das novas ideias que desde o início do século se tinham difundido noutros países da Europa.
A partir de 1914 surgem os seus primeiros heterónimos, Alberto Caeiro, Álvaro Campos e Ricardo Reis. Entre 1912 e 1935 escreverá diversos artigos, ensaios e textos diversos que serão publicados em revistas/jornais diversos. Em 1921 funda uma editora de livros onde publica poemas em inglês.
Em 1925 morre a sua mãe, desgosto que nunca ultrapassará. A partir de 1929 escreve excertos dos poemas que integrarão O Livro do Desassossego, que dará corpo a outro heterónimo, Bernardo Soares.
Em 1934 publica a Mensagem.
Morre em Lisboa em 30 de Novembro de 1935 com uma grave crise provocada pelo seu excesso no consumo de aguardente. Deixou uma obra muito vasta que após a sua morte foi sendo publicada e descoberta como sendo de primeira importância para a cultura e literatura mundiais.



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