segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Os Caminhos deste Desastre...


Os princípios e o carácter parecem em tantas situações aspectos subjectivos, capazes de serem reclassificados de acordo com as capacidades e estratégias e cada um. Mas afinal verificamos que na organização da sociedade, nos tristes exemplos que a classe política nos vai dando constatamos como uma visão medíocre da cidade se vai arrastando. A possibilidade de fecho do café do Martinho da Arcada, pela concentração de trânsito (cento e cinquenta autocarros por dia) e pela poluição criada é uma infeliz possibilidade.

Uma cidade com um património cultural imensamente rico, pode desenvolver-se com esta falta de ideias? Pode uma cidade sobreviver sem uma gestão adequada dos seus espaços culturais? Estamos a imaginar algo semelhante em Veneza, em Génova ou em Praga?

Algum País digno de um património humanista teria a genial ideia de destruir os livros cujas edições sejam superiores a três anos? Algum Estado digno do seu papel se integraria nesta ideia de barbárie? Tantas bibliotecas carentes de materiais, tantos habitantes deste mundo, na expressão de língua portuguesa, necessitando de informação e nós os ricos do costume dignam-se a este desperdício.

Há atitudes que falam mais da estrutura mental dos que a promovem, do que todos os coros de intenções. Aos que quiserem dar a sua voz contra esta demência, aqui fica o link

Imagem, (Hugo Pratt, Corto Maltese,
in http://opodoslivros.blogspot.com)

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