As zonas húmidas são dos ecossistemas mais ricos e produtivos do mundo, em termos de diversidade biológica, possuindo grandes concentrações de aves aquáticas, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados. Estes espaços têm associados muitos valores e funções, tais como o controlo de inundações (retendo o excesso de água), reposição de águas subterrâneas, regulação do ciclo da água, produção de biomassa, retenção dos sedimentos e nutrientes, mitigação das alterações climáticas (através da captura de dióxido de carbono da atmosfera e a libertação de oxigénio, com a fotossíntese) e valores culturais, turísticos e recreativos. Desempenhando um papel regulador fundamental em termos dos ciclos hidrológicos e geoquímicos constituem regiões de elevada produtividade (produzem 50 vezes mais que áreas de pradaria e 8 vezes mais que um campo cultivado) e são de importância crucial para a desova. Desempenham, simultaneamente, um papel fundamental no controlo de cheias e inundações e na estabilização da linha costeira.
Além de todos os benefícios expostos, as zonas húmidas são similarmente essenciais na minimização dos problemas ambientais mais significativos, com que nos deparamos hoje em dia: o efeito de estufa e os possíveis efeitos das alterações climáticas bem como a disponibilidade de água doce.
Todavia, as zonas húmidas são ecossistemas sensíveis e encontram-se gravemente ameaçados, a nível mundial, pela poluição, urbanização e industrialização, intensificação da agricultura, pesca e piscicultura, caça ilegal, abandono e transformação de salinas e turismo insustentável.
Em Portugal, foram reconhecidas 12 zonas húmidas, que correspondem a mais de 66 mil hectares de território nacional e que fazem parte da referida lista: Estuário do Tejo, Ria Formosa (Algarve), Paul de Arzila, Madriz e Taipal (Coimbra), Paul do Boquilogo (Santarém), Lagoa de Albufeira, Estuário do Sado, Ria de Alvor, Lagoa de Santo André, Lagoa da Sancha (Litoral Alentejano), Sapais de Castro Marim (Algarve) e Paúl da Tornada (Leiria).
Deixamos aqui uma hiperligação para um panfleto que explica, de forma clara e concisa, a relevância que estas têm a nível planetário:
http://www.icn.pt/dia_mundial_zonas_humidas/brochura_zonas_humidas.pdf
“Há riqueza da Diversidade das Zonas Húmidas: Não a Perca!”
(Frase da campanha do Dia Mundial das Zonas Húmidas em 2005)
Imagem - Dornes, aldeia situada nas margens do rio Zêzere
(captada pela equipa da BECRE)
1 comentário:
Ultimamente tenho apercebido de que á dias de muitas coisas, nem sequer sonhava que o dia 2 de Fevereiro era o dia mundial das Zonas Húmidas! =)
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