O seu autor, Joaquin Lavado, mais conhecido por Quino, criou-a muito simplesmente para um anúncio a electrodomésticos e estava muito longe de saber que esta personagem iria ter tal sucesso; quase cinco décadas após ter surgido mantém os seus audazes comentários, opinando nomeadamente sobre aspectos do actual panorama político mundial. No 29 de Setembro de 1964, dia em que surgiu nas páginas do semanário argentino "Primera Plana", Quino, então com 32 anos, nunca imaginaria o sucesso daquelas tiras humorísticas, que se prolongaram por nove anos.
Das “falas” de Mafalda saíam comentários mordazes e pertinentes sobre a ordem do mundo, a luta de classes, o capitalismo e o comunismo, mas também, de forma mais subtil, sobre a situação política e social argentina.
Mafalda, que detestava sopa, adorava os Beatles, não compreendia a guerra no Vietname e tinha monólogos preocupados em frente a um globo terrestre, tornara-se quase que um ídolo de todas as faixas etárias. Ao ponto de em 1984, a pedido de uma instituição de acção social, o seu autor a desenhar escovando os dentes para que as crianças e jovens argentinos, por imitação, o fizessem.
A equipa da BE/CRE propõe a toda a comunidade educativa a leitura dos textos da Mafalda. Alimentar e perpetuar o espírito crítico é saber olhar o mundo e saber VIVER !!!...
Parabéns, Mafalda!
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