quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ASTERIX





Astérix surgiu em França, no ano de 1959, pela mão de Albert Uderzo e René Goscinny.

As suas tiras de banda desenhada estilo BD Franco-Belga transmitem com bastante humor acontecimentos históricos do povo gaulês. São-nos retratadas inúmeras aventuras vividas pelo mundo inteiro e onde é dado especial relevo às lutas entre o bem e o mal, ou seja, lutas entre gauleses e romanos.

Para além de Astérix e Obelix há outros gauleses importantes, personagens essenciais, no desenrolar das histórias: Panoramix (o druida), Abraracurcix (o chefe) e Assarantu.

Um dos passatempos preferidos dos nossos heróis Astérix, Obelix e do seu pequeno cachorro Ideafix são a caça ao javali na densa floresta, nos arredores da aldeia. Depois de uma caçada matinal nada melhor que comer os javalis assados no espeto…

Outra das actividades preferidas dos gauleses é dar uns belos tabefes nos romanos - puro divertimento! Graças à poção mágica do druida Panoramix, tudo isso não passa de uma mera brincadeira.










Uma das bases do humor desta intemporal banda desenhada são os trocadilhos e as aventuras vividas pelos protagonistas. Para aumentar os trocadilhos, todos os povos têm terminações comuns de nomes: os gauleses terminam em -ix (em possível citação a Vercingetorix) e as gaulesas em -a (Naftalina, Iellousubmarina), os romanos em -us (Acendealus, Apagalus, General Motus), normandos em -af (Batiscaf, Telegraf), bretões em -ax e -os (Relax, Godseivezekingos), egípcios em -is (Pedibis, Quadradetenis), gregos em -os e -as (Okeibos, Plexiglas), vikings em -sen (Kerosen, Franksen), godos em -ic (Clodoric, Eletric), e hispânicos nomes compostos (Conchampiñon & Champignon, Lindonjonsón & Nixón).

As línguas estrangeiras têm representações diferentes:
• Ibero: igual ao espanhol, inversão de exclamações ('¡') e interrogações ('¿')
• Godo: escrita gótica (incompreensível para os gauleses)
• Viking: Ø e Å no lugar de O e A (incompreensível para os gauleses)
• Ameríndio: Pictogramas (incompreensível para os gauleses)
• Egípcio: hieróglifos com notas de rodapé (incompreensível para os gauleses)
• Grego: letras rectas, esculpidas.

Parabéns ao gaulês mais famoso do planeta! Meio século de vida e tantas aventuras por desvendar. Já ouviu falar sobre a edição em mirandês?! Não perca também o novo álbum, lançado com o intuito de comemorar a data – “O Banquete”!




Vasco Esteves, nº26, 7ºB


Imagens in:
http://planetamarcia.blogs.sapo.pt/64246.html
http://marlboro.chez.com/asterix/Panoramix.gif
http://www.universohq.com/quadrinhos/2007/imagens/Filme3_AsterixObelix.jpg
http://www.universohq.com/quadrinhos/2007/imagens/Filme3_AsterixObelix.jpg

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Os 100 mais...



A revista “Time” publicou recentemente uma listagem contendo as “100 melhores obras de sempre”. Esta lista foi concebida após uma votação organizada por editores noruegueses e cem escritores de cinquenta e quatro países. Curioso será, a título de exemplo, o facto de o livro “D. Quixote” de Miguel Cervantes, ter reunido mais de cinquenta por cento dos votos: a maioria dos inquiridos considerou a referida obra como a mais importante da história literária contemporânea. É de realçar ainda a proeza do escritor russo Dostoyevsky que colocou nas primeiras vinte e cinco posições quatro das suas obras.


Portugal, também, tem dois títulos nesta listagem, cabendo a Fernando Pessoa e a José Saramago a honra de nos representar com as obras “O Livro do desassossego” e “Memorial do Convento”, respectivamente.



A este propósito veio-nos à lembrança uma obra de Peter Boxall, de seu nome 1001 Livros para Ler Antes de Morrer. Trata-se de um livro imprescindível para os amantes de literatura: um guia cronológico dos mais importantes romances de todos os tempos - nem mais, nem menos, ajustado à actual lista!


Se calhar era interessante estabelecer a comparação entre as obras que já lemos e as que constam da lista de “obras eleitas.


Tempo…!? Tempo para ler…!?


“Afinal, uma existência com livros será sempre uma travessia menos solitária.”


Eis pois a lista ordenada das melhores cem obras:


1 Dom Quixote Miguel Cervantes (1547-1616) Espanha
2 Things fall Apart Vhinua Achebe (1930) Nigéria
3 Os Mais Belos Contos Hans Christian Andersen (1805-1875) Dinamarca
4 Orgulho e Preconceito Jane Austen (1775-1817) Inglaterra
5 Pai Goriot Honoré de Balzac (1799-1850) França
6 Trilogia: Molloy, Malone está a morrer, O Inominável, Samuel Beckett (1906-1989) Irlanda 7 Decameron Giovanni Boccaccio (1313-1375) Itália
8 Ficções Jorge Luis Borges (1899-1986) Argentina
9 O Monte dos Vendavais Emily Bronte (1818-1848) Inglaterra
10 O Estrangeiro Albert Camus (1913-1960) França
11 Poemas Paul Celan (1920-1970) Roménia
12 Viagem ao Fim da Noite Ferdinand Celine (1894-1961) França
13 Contos da Cantuária Geoffrey Chaucer (1340-1400) Inglaterra
14 Nostromo Joseph Conrad (1857-1924) Inglaterra
15 A Divina Comédia Dante Alighieri (1265-1321) Itália
16 Grandes Esperanças Charles Dickens (1812-1870) Inglaterra
17 Jacques, o Fatalista Denis Diderot (1713-1784) França
18 Berlin Alexanderplatz Alfred Doblin (1878-1957) Alemanha
19 Crime e Castigo Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
20 O Idiota Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
21 Os Possessos Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
22 Os Irmãos Karámazov Fyodor Dostoyevsky (1821-1881) Rússia
23 Middlemarch George Eliot (1819-1880) Inglaterra
24 O Homem Invisível Ralph Ellison (1914-1994) U.S.A
25 Medea Euripides (480-406 A.C.) Grécia
26 Absalão, Absalão William Faulkner (1897-1962) U.S.A
27 O Som e a Fúria William Faulkner (1897-1962) U.S.A
28 Madame Bovary Gustave Flaubert (1821-1880) França
29 Educação Sentimental Gustave Flaubert (1821-1880) França
30 Baladas Ciganas Garcia Lorca (1898-1936) Espanha
31 Cem Anos de Solidão Garcia Marquez (1928) Colômbia
32 Amor em Tempos de Cólera Garcia Marquez (1928) Colômbia
33 A Epopeia de Gilgamesh ---- Mesopotâmia
34 Fausto Goethe (1749-1832) Alemanha
35 Almas Mortas Nikolai Gogol (1809-1852) Rússia
36 The Tin Drum Günter Grass (1927) Alemanha
37 The Devil to Pay in the Backlands Guimarães Rosa (1880-1967) Brasil
38 Fome Knut Hamsun (1859-1952) Noruega
39 O Velho e o Mar Ernest Hemingway (1899-1961) U.S.A.
40 A Íliada Homero (700 D.C) Grécia
41 A Odisseia Homero (700 D.C) Grécia
42 Casa das Bonecas Henrik Ibsen (1828-1906) Noruega
43 O Livro de Job Anon (entre 600 - 400 A.C.) Israel
44 Ulisses James Joyce (1882-1941) Irlanda
45 História Completas Franz Kafka (1883-1924) Rep. Checa
46 A Metamorfose Franz Kafka (1883-1924) Rep. Checa
47 O Castelo Franz Kafka (1883-1924) Rep. Checa
48 The Recognition of Sakuntala Kalidasa (400 A.C.) Índia
49 O Som da Montanha Yasunari Kawabata (1899-1972) Japão
50 Zorba, o Grego Nikos Kazantzakis (1883-1957) Grêcia
51 Filhos e Amantes D.H. Lawrence (1885-1930) Inglaterra
52 Independent People Halidor Laxness (1902-1998) Islândia
53 Poemas Completos Giacomo Leopardi (1798-1837) Itália
54 The Golden Notebook Doris Lessing (1919) Inglaterra
55 Pipi das Meias Altas Astrid Lindgren (1907-2002) Suécia
56 Diário da Loucura e Outras Histórias Lu Xun (1881-1936) China
57 Mahabharata Anon (500 A.C.) Indía
58 Filhos de Gebelawi Naguib Mahfouz (1911) Egipto
59 Os Buddenbrooks Thomas Mann (1875-1955) Alemanha
60 A Montanha Mágica Thomas Mann (1875-1955) Alemanha
61 Moby Dick Herman Melville (1819-1891) U.S.A.
62 Três Ensaios Michel de Montaigne (1532-1592) França
63 História Elsa Morante (1918-1985) Itália
64 Amada Toni Morrison (1931) U.S.A.
65 A História de Genji Murasaki Shikibu Japão
66 Homem sem Qualidades Robert Musil (1880-1942) Austria
67 Lolita Nabokov (1899-1977) Rússia
68 A Saga de Njal (1300) Islândia
69 1984 George Orwell (1903-1950) Inglaterra
70 Metamorfoses Ovid (43 A.C.) Itália
71 O Livro do Desassossego Fernando Pessoa (1888-1935) Portugal
72 Histórias Extraordinárias Edgar Allan Poe (1809-1849) U.S.A
73 Em Busca do Tempo Perdido Marcel Proust (1871-1922) França
74 Gargantua e Pantagruel François Rabelais (1495-1553) França
75 Pedro Paramo Juan Rulfo (1918-1986) México
76 The Mathnawi Jalalu'I-Din Rumi (1207-1273) Irão
77 Os Filhos da Meia-Noite Salman Rushdie (1947) Indía
78 The Boston of Saadi (The Orchardi) Sheikh Saadi of Shiraz (1200-1292) Irão
79 A Season of Migration to the North Tayeb Salih (1929) Sudão
80 Memorial do Convento José Saramago (1922) Portugal
81 Hamlet William Shakespeare (1564-1616) Inglaterra
82 Rei Lear William Shakespeare (1564-1616) Inglaterra
83 Othello William Shakespeare (1564-1616) Inglaterra
84 Rei Édipo Sophocles (496-406 A.C.) Grécia
85 Vermelho e o Negro Stendhal (1783-1842) França
86 Vida e Opiniões de Tristam Shandy Laurence Sterne (1713-1768) Irlanda
87 A Consciência de Zeno Italo Svevo (1861-1928) Itália
88 As Viagens de Gulliver Jonathan Swift (1667-1745) Irlanda
89 Guerra e Paz Leon Tolstoy (1828-1910) Rússia
90 Anna Karenina Leon Tolstoy (1828-1910) Rússia
91 A Morte de Ivan Ilich Leon Tolstoy (1828-1910) Rússia
92 Contos Escolhidos Anton Chekhov (1860-1904) Rússia
93 As Mil e Uma Noites (700-1500)
94 As Aventuras de Huckleberry Finn Mark Twain (1835-1910) U.S.A.
95 Ramayana Valmiki (300 A.C.) India
96 A Eneida Virgílio (70-19 A.C.) Itália
97 Folhas de Erva Walt Whitman (1819-1892) U.S.A.
98 Mrs. Dalloway Virginia Wolf (1882-1941) Inglaterra
99 A Casa Assombrada Virginia Wolf (1882-1941) Inglaterra





Imagem in
http://ligiafascioni.files.wordpress.com/2007/07/livros.jpg

segunda-feira, 19 de outubro de 2009



O CÉU



À noite olho para o céu e
vejo estrelas a cintilar…
- Se quiseres ver comigo,
posso-te convidar!

De dia olho para o céu e
vejo águias a voar…
- Se quiseres ver comigo,
posso-te convidar!

À tarde olho para o céu e
vejo o sol a brilhar…
- Se quiseres ver comigo
posso-te convidar!

Estrelas; águias e sol,
Tudo bonito a planar!
- Se quiseres viajar comigo
Posso-te convidar!…


José Gonçalves
Nº 10
5ºD
imagem in http://img.olhares.com/data/big/126/1262250.jpg

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Novidades com Som...




Lourenço tem 15 anos e é feliz. Iludido, pensa que a sua felicidade está em ter tudo o que deseja: frequentar um colégio particular, dos mais conceituados; ter dinheiro para sair sempre que lhe apetece; ter um ambiente familiar onde a posse de bens materiais se sobrepõe aos valores das relações humanas; …

O seu pai é um treinador de futebol muito solicitado mas, eis que um dia, após um resultado menos favorável, é despedido. A família começa então a ter problemas financeiros e repentinamente tudo se desmorona: a mãe decidi partir em busca de um futuro sorridente, Lourenço é forçado a deixar o colégio e a frequentar uma escola pública, integrada na problemática zona da Cova da Moura. Se de início tudo lhe parece complicado, aos poucos vai-se integrando e consegue fazer amigos, deixando de ser rejeitado pelos colegas. É com estes seus novos amigos que Lourenço descobre a existência de valores e de sentimentos essenciais à existência humana.

Mais do que o materialismo, o jovem aprende que o respeito pelos outros, a amizade e o espírito de entreajuda se apresentam na vida através de pequenos sinais que, até então, lhe passavam ao lado.

Um filme a não perder! Um exemplo de coragem; um final feliz!

Encontrar a dignidade perdida e a felicidade são conquistas dos FORTES.
http://www.cinemaportugues.info

Sugestão de leitura ...



Acabei de ler um livro surpreendente que aconselho a todos: “História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar”. Gostei imenso desta obra, no entanto, surpreendeu-me a forma como o conto finalizou. Não vos digo muito mais para que possam descobrir sozinhos.

Sugiro a todos que leiam este livro pois é-nos transmitida uma importante mensagem: é incrível a forma como se relacionam dois seres tão diferentes. Um gato assume o compromisso de cuidar de um ovo e da cria que dali nascerá. No meio das peripécias vividas pelas personagens sobressaem sentimentos como a amizade, a tolerância e a fidelidade. É difícil imaginar como será um gato capaz de pôr uma gaivota a voar!? Na verdade, por mais estranho que pareça, tal é possível. Para além disso, ele é capaz de a ensinar a ser livre.


Por favor, leiam este livro que apesar de pequenito é enorme em conteúdo.


Assim, bastará deslocarem-se à BE/CRE para aí encontrarem esta obra de Luís Sepúlveda.

Filipa Neves

(8ºB)



Imagem in http://www.bertrand.pt/