terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A magia dos livros...



Há uma coisa curiosa de que só me dei conta há pouco tempo e que quero partilhar…

Estava a dar uma olhadela nos meus livros e reparei que muitos deles me lembravam alguns momentos… Como se fossem livros com a sua própria história de vida. Não, não estou a falar das histórias que os livros nos contam quando os abrimos e lemos! Nada disso. Estou a falar daquele livro que nos ofereceram pelos anos; daquele que alguém nos deu pelo Natal; do outro comprado aqui ou acolá… daquele livro oferecido por alguém que fez questão de lhe escrever uma dedicatória…e do outro que alguém sugeriu… estão a ver onde quero chegar.

Tenho um livro que só encontrei, há pouco tempo, numa livraria que abriu em Torres Vedras - Filipa de Lencastre - a rainha que mudou Portugal- e que me deu muito trabalho a encontrar. Depois, tenho um outro que uma amiga me ofereceu pelos anos - A nossa amizade é à prova de tudo – e ainda um outro que adquiri por sugestão da minha mãe, quando vagueávamos pela Feira do Livro de Lisboa. Verdade se diga que fiquei meio desconfiada, não lhe achei grande piada e não tive vontade de o trazer mas… hoje é um dos meus livros favoritos! – O Principezinho.

Na verdade, cada livro tem pelo menos duas histórias! A que vem lá dentro prontinha para se ler e, outra, aquela de que nos lembramos quando lhe pegamos. A história da sua vida connosco. É engraçado! E é por estas e por outras que “dar um livro é dar uma parte de si”!

O meu fascínio pelo mundo das letras já vem lá de longe. Gosto de me entrelaçar nas palavras e voar. Também gosto de partilhar com os outros este meu prazer e de lhes transmitir este meu vício. (Ou pelo menos tentar…)

É muito curiosa a forma como os livros nos podem fazer viajar, lembrar ou fazer reflectir sobre tantas “coisas” e tantos mundos. Desde a história que nos contavam quando éramos pequenos até às que lemos hoje, é fantástico assistir ao que nos dizem as personagens, os ambientes e as situações que as histórias nos fazem viver. Saber “quando, como e onde” ou, se esses elementos forem indeterminados, poder imaginá-los é uma enorme aventura.

Seja um livro oferecido, comprado ou requisitado, ler é sempre uma aventura.

Gostava de passar este meu encanto pelas palavras e pelos livros aos outros… assim como se fosse magia – passava-lhes a magia dos livros como se de um testemunho se tratasse.

Aquilo que nos faz olhar para o livro e nos diz “Leva-me contigo”; “Lê-me”!

Aquele encanto que nos faz agarrar num monte de páginas encadernadas, preenchidas com palavras mais ou menos loucas e só o largar quando o último ponto coloca fim ao texto.

Mas há histórias que não nos prendem a nada. No entanto, com elas desenvolvemos o espírito crítico porque aprendemos a dizer:”- Não gosto! Que texto tão aborrecido, tão enfadonho!” Mesmo assim, não abandonamos as palavras…castigamo-las.

Seja como for os livros são objectos únicos, carregados de sentidos, de imagens, de sonhos…
Agora, tenho que ficar por aqui… vou agarrar umas páginas recheadas de palavras e fugir...



Inês Olaia, 8ºB


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